... “Não se acreditem quitados com a Lei, por haverem atendido a
pequeninos deveres de solidariedade humana.”
Irmão Jacob,
Voltei
Um mundo
de novas considerações se revela àquele que medita as palavras do Irmão Jacob: não se acreditem quitados com a Lei...
No
capítulo da presente existência, buscamos amparo no Espiritismo, estudamos a
doutrina, relacionamos as bênçãos do conhecimento libertador de consciências em
longos discursos, nos envolvemos em campanhas de socorro aos necessitados
ofertando pão material e pão espiritual etc. Mas sempre chega o momento em que
nos defrontamos com a própria realidade, a paisagem íntima e, então, fazendo
uma avaliação daquilo que somos, poderemos nos surpreender ao constatarmos que passamos pela vida distraídos das próprias carências...
O espírito
Irmão Jacob, no livro Voltei – psicografia de Chico Xavier – faz um alerta a
todos nós que, envolvidos superficialmente no Espiritismo, olvidamos a
oportunidade e a necessidade de reestruturarmos nossas emoções, nossos
sentimentos. A Lei a que se refere,
notadamente, é o conjunto das leis divinas que reclama obreiros conscientes para colocá-las em prática.
É certo
que temos aprendido que fora da caridade não há salvação, todavia, o que nos
move no exercício da caridade deve ser observado atentamente a fim de não a
automatizarmos e tampouco nos considerarmos quitados por atendê-la de forma tão
rudimentar. Consideremos que ainda falta muito empenho de nossa parte para
alcançarmos o glorioso título de tarefeiros do Cristo. Por enquanto, somos
ainda os trabalhadores da última hora que, por misericórdia divina, recebem tão
alto salário!
Jacob
ainda nos fala em pequeninos deveres de
solidariedade humana, deixando transparecer que nossas obras, embora
bastante respeitáveis, estão no círculo dos deveres. Ou seja, ainda não nos
elevamos à condição de dispensadores de misericórdia – fazendo além do
necessário –, nossa tarefa é pequenina, entretanto reclama disciplina, boa
vontade e conhecimento.
Assim, descobrimos
quão imperioso é que nos espiritualizemos,
transformando o homem velho que somos – com hábitos infelizes, envergado por
sentimentos de culpa e de menos valia, com sentimentos adoecidos –, no homem
revigorado pela fé raciocinada, livre de dogmas e tradições, pronto a largar
aquilo que não lhe seja necessário e seguir verdadeiramente o Cristo, sem olhar
para trás.
Muita
Paz!
Rita Mercês Minghin
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