sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Consciência


    Ainda noutro dia, conversando com uma companheira de ideal, discutíamos questão de significativa relevância para todos que se afligem com a necessidade da própria ascensão moral. Debatíamos fraternalmente, como convém  a todos,  a questão do conhecimento da Verdade e suas implicações.
    Quando Jesus, o Divino Amigo, sentenciou:  “Conhecereis a Verdade e ela vos libertará”(João, 8:32), indicou muito mais do que a busca de informações, orientou quanto à necessidade de incorporarmos o conhecimento adquirido, dando-lhe vida e sentido.         
    Na tentativa de aprofundar conceitos, consideremos três questões de fundamental importância: O que é conhecer? O que é a Verdade? Quem a conhece? Consta no dicionário, dentre vários sinônimos, que conhecer é ter informação, estar ou ficar certo etc. Encontramos também no dicionário o significado da palavra verdade – coisa certa, conformidade com o real. Mas a qual verdade o Senhor se referiu?
    Na história da humanidade, em momentos distintos, os povos agasalharam diferentes conceitos de verdade, certezas estas que não resistiram à lei de progresso e, como não poderia deixar de ser, sofreram a ação do bisturi do conhecimento, alterando-se. Ciência, filosofia e religião – como as entendemos - também vão se transformando na medida em que nos exercitamos na aquisição de mais dilatada compreensão,  no desenvolvimento da inteligência e, assim, logramos entender que por hora o conhecimento irrestrito da Verdade ainda não nos é possível. Estamos, sem medo de equívocos, incapazes de filtrar plenamente a Verdade a que o Mestre Jesus se referiu.
    Oportunamente, Paulo de Tarso referiu-se à angústia da busca quando declarou que não fazia o bem que desejava fazer, mas o mal que não desejava, esse sim ainda estava bastante presente em sua vida¹. Significa que não bastará ao homem o conhecimento das leis imutáveis; é necessário o constante movimento interior para que essas leis norteiem todas as nossas ações. Ou seja, é indispensável o esforço sem tréguas na repetição incansável do bem.
    E para que não desanimemos, no desabrochar de nossas melhores potencialidades, lembremos que o Convertido de Damasco, num outro momento, pôde mudar seu discurso – não sem antes ter conhecido todos os revezes – dizendo: Já não sou mais eu que vivo, mas o Cristo que vive em mim! (Gálatas, 2:20). Havia adquirido a consciência!


    Muita Paz!
Rita Mercês Minghin

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