Ainda noutro dia, conversando com uma
companheira de ideal, discutíamos questão de significativa relevância para
todos que se afligem com a necessidade da própria ascensão moral. Debatíamos
fraternalmente, como convém a
todos, a questão do conhecimento da
Verdade e suas implicações.
Quando Jesus, o Divino Amigo,
sentenciou: “Conhecereis a Verdade e ela vos libertará”(João, 8:32), indicou
muito mais do que a busca de informações,
orientou quanto à necessidade de incorporarmos o conhecimento adquirido, dando-lhe
vida e sentido.
Na tentativa de aprofundar conceitos,
consideremos três questões de fundamental importância: O que é conhecer? O que é a Verdade? Quem a conhece?
Consta no dicionário, dentre vários sinônimos, que conhecer é ter informação, estar ou ficar certo etc. Encontramos
também no dicionário o significado da palavra verdade – coisa certa, conformidade com o real. Mas a qual verdade
o Senhor se referiu?
Na história da humanidade, em momentos
distintos, os povos agasalharam diferentes conceitos de verdade, certezas estas
que não resistiram à lei de progresso e, como não poderia deixar de ser,
sofreram a ação do bisturi do conhecimento, alterando-se. Ciência, filosofia e
religião – como as entendemos - também vão se transformando na medida em que
nos exercitamos na aquisição de mais dilatada compreensão, no desenvolvimento da inteligência e, assim, logramos
entender que por hora o conhecimento irrestrito da Verdade ainda não nos é
possível. Estamos, sem medo de equívocos, incapazes de filtrar plenamente a
Verdade a que o Mestre Jesus se referiu.
Oportunamente, Paulo de Tarso referiu-se à
angústia da busca quando declarou que não fazia o bem que desejava fazer, mas o
mal que não desejava, esse sim ainda estava bastante presente em sua vida¹. Significa
que não bastará ao homem o conhecimento das leis imutáveis; é necessário o
constante movimento interior para que essas leis norteiem todas as nossas ações.
Ou seja, é indispensável o esforço sem tréguas na repetição incansável do bem.
E
para que não desanimemos, no desabrochar de nossas melhores potencialidades,
lembremos que o Convertido de Damasco, num outro momento, pôde mudar seu
discurso – não sem antes ter conhecido todos os revezes – dizendo: Já não sou mais eu que vivo, mas o Cristo
que vive em mim! (Gálatas, 2:20). Havia adquirido a consciência!
Muita Paz!
Rita Mercês Minghin
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